Rostinhos angelicais
A capa do disco é essencial! Todo mundo tem suas capas favoritas, e sempre lembra de ícones como a “Abbey Road” dos Beatles, ou a “The Dark Side of The Moon” do Pink Floyd, ou a “Nevermind” do Nirvana, etc, etc...
Um artista plástico que se deu muito bem nesse quesito foi o Mark Ryden. Ele vem de uma escola de Surrealismo e seu trabalho é bem influenciado pela cultura pop, misturando bichinhos fofos, garotinhas angelicais e anatomia humana, sangue, terror, bizarrice! Meio Tim Burton, sabe? Muito carregado em detalhes e tudo muito absurdo.
Sua entrada no mundo da música foi por meio de um convite do Warrant, para que ele fizesse a capa do “Dirty Rotten Filthy Stinking Rich”, de 1988. Daí se seguiram Oingo Boingo, Jeff Beck, Aerosmith, Screaming Trees, REO Speedwagon, Toto, Ringo Star, 4 Non Blondes... Pra ilustrar o trabalho do cara, selecionei dois dos meus discos de cabeceira: “One Hot Minute” (1995) do Red Hot Chili Peppers, e “Dangerous” (1991) do Michael Jackson.
O trabalho em “Dangerous” foi à moda antiga, apenas com tinta acrílica e pincel, e o processo todo demorou 6 meses pra terminar, com Michael Jackson mandando suas músicas novas para Ryden ouvir assim que elas ficavam prontas. A tela ficou extremamente detalhada, o que gerou uma preocupação no pintor pois a partir que a pintura fosse reproduzida para a capinha minúscula dos CDs, poderia perder seus detalhes. O artista tem a tela original até hoje.
E o disco mais melancólico e triste dos Chili Peppers, “One Hot Minute”, também teve sua capa feita por Ryden. E os temas do disco acabam entrando em contraste com a garotinha fofinha da capa. O artista diz que esta arte foge um pouco do que estava acostumado a fazer, mas que o trabalho foi bem divertido.
E pra fechar, duas artes feitas pelo Ryden. Uma retratando a Katy Perry e outra o Jimmy Hendrix. Até a próxima!