Pão de queijo independente
foto: www.skank.com.br
No final dos anos 80 e início dos 90, quem quisesse lançar um disco independente no Brasil, tinha que fazê-lo em vinil. O CD não era uma coisa tão fácil se você não estivesse vinculado a uma gravadora e o público ainda estava começando o movimento de trocar o LP pela mídia digital.
Em 1992, quando o Skank resolveu bancar do próprio bolso o seu disco independente, resolveu inovar, e partir para aquele formato prateado pequenininho, que o pessoal ainda estava tentando se acostumar. Gastaram 10 mil dólares para uma tiragem de 3 mil CDs, sendo que metade foi enviado para as rádios, e o restante foi todo vendido. Samuel Rosa, vocal e guitarra da banda, conta que na época, ele mesmo não tinha um player em casa e não podia escutar o seu disquinho. Ao que tudo indica, foi o primeiro CD independente do Brasil.
Mas foi uma aposta que deu certo. O CD deu qualidade para o som da banda, que pode ser tocada em qualquer rádio do país. O álbum foi tão bem feito que quando eles foram contratados pelo selo Chaos, um braço da Sony, foi decidido que a banda nem precisaria entrar em estúdio para gravar mais músicas. O disco homônimo do grupo foi relançado em 1993, apenas com nova mixagem. Vendeu 250 mil cópias.
Daí pra frente, todo mundo já sabe...
Até a próxima!