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"Gripa" brasileira


A primeira vez que os Strokes estiveram no Brasil foi em outubro de 2005. Vieram como headliners do Tim Festival, e tocou em 4 shows: dois no Rio, um em São Paulo e outro em Porto Alegre. Eles estavam pra lançar o seu terceiro disco, "First Impressions Of Earth", e aproveitaram para incluir músicas novas nos sets. O mais impressionante pra eles foi que o disco nem tinha sido lançado ainda, mas já havia gente na plateia cantando as músicas.


Essa história de visitar um pais tropical não fez bem ao Julian Casablancas, vocal da banda, que logo na primeira noite no Rio de Janeiro, adquiriu uma gripe brasileira, e ao final da segunda noite já estava com a garganta avariada. Estes primeiros shows não tiveram nenhum problema, e mesmo já sentindo a gripe, Julian aguentou firme até o final.


Aí veio o show de São Paulo. Aquela noite ventava adoidado. O Kings of Leon tocou antes dos Strokes, e o som parecia balançar ao vento... Mas quando os Strokes começaram, parece que tudo melhorou. Em algum ponto do show, ele pediu desculpas por sua voz e disse em português que estava com "gripa"! Provavelmente perguntou para alguém da produção como poderia dizer para o público que estava doente, e entendeu que a palavra certa seria essa. Bem, mesmo com a voz do Julian um pouco mais fraca, eu achei um ótimo show, com ou sem "gripa".


Em Porto Alegre, quem tocou antes dos Strokes foi o Arcade Fire, e a banda de Julian assistiu o show do palco. Menos o próprio Julian, que chegou em cima da hora, pois ficou no hotel se recuperando. Quanto ao show dos Strokes, os Gauchos tiveram a mesma impressão que eu tive do show de São Paulo, mas para a banda, a apresentação foi abaixo do esperado. Nick Valensi, uma cara normamente calmo, estava tão irritado com o som da sua guitarra, que a jogou para um canto do palco, deixando-a em pedaços. Fabrizio Moretti, o baterista brasileiro da banda, não tirava os olhos da mesa de som, como se não estivesse ouvindo nada, e Julian ia toda hora no fundo do palco tomar um remedinho pra garganta em um copo de uísque.


E no final, todo mundo que estava assistindo achou que era tudo rock’n’roll mesmo! A banda fazia cara de mau, quebrava os instrumentos e bebia no palco! Foi sucesso!


Até a próxima!

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Rock e afins meio tom acima! Histórias, dicas, sugestões, informação sobre todas as vertentes desse ritmo que nos une.

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